sexta-feira, 1 de julho de 2016

Diálogo

Inicia-se julho. Este porém é mais severo que os demais. Neste julho se encerra o prazo divino para o cometimento de besteiras/insanidades/aventuras. Não adianta tentar protelar ou negociar com o Ser Superior prolongamento de tal prazo.

- Não meu filho, já não posso conceber que te portes levianamente. Sob meu jugo permanecerás e em observância à minha lei te manterás.

Eu me calei. Não há recurso cabível quando o julgamento é divino. Resignação é a medida necessária. Mas sou humano, nunca me satisfaço:

- Mas o Senhor só me deu trinta anos de irresponsabilidade Pai... Por favor, reconsidere.

Silenciou-se o Pai. Respondeu-me o filho.

- Jesus lhe respondeu: “O que estou fazendo, você não entende agora, mas entenderá depois dessas coisas.”(João 13:7)

- Dá para ao menos não ter cabelos brancos ou dores?

Silêncio. Permaneci escutando, escutando o silêncio. Ávido pela consecução de alguma benesse. Mas só silêncio. Restou-me a dúvida: "a ligação caiu ou acabaram meus créditos?".

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